O mundo das criptomoedas está crescendo rapidamente, e compreender seus principais ativos é essencial para qualquer empresa de desenvolvimento digital. A seguir, apresentamos as criptomoedas mais conhecidas e como elas funcionam.
Bitcoin (BTC)
Para começar, você precisa de uma carteira Bitcoin para armazenar suas moedas. Ela funciona como o endereço principal para todas as suas transações futuras.
A mineração de Bitcoin — o processo de criação de novas moedas — requer a ajuda de desenvolvedores especializados. Após configurado, você pode realizar transações online com segurança e independência.
Ethereum (ETH)
O Ethereum é a segunda criptomoeda mais popular depois do Bitcoin. Ele introduziu o conceito de contratos inteligentes (smart contracts), executados na Ethereum Virtual Machine (EVM) — um sistema digital descentralizado que realiza transações entre partes de forma automatizada.
Os contratos inteligentes definem condições de forma transparente, tornando o Ethereum uma plataforma extremamente segura para transações entre desconhecidos.
Dash (DASH)
O Dash vem ganhando destaque entre os usuários de moedas digitais. Ele é semelhante ao Bitcoin, mas oferece maior anonimato nas transações, graças ao uso de uma rede mestre distribuída, o que dificulta o rastreamento.
Atualmente, a mineração de Dash é feita com ASICs XII, já que o uso de CPU se tornou inviável financeiramente.
Litecoin (LTC)
O Litecoin é outro criptoativo muito semelhante ao Bitcoin. Ele foi lançado sob licença MIT/X11 como uma moeda digital de código aberto e funciona em sistema peer-to-peer.
Assim como o Bitcoin, suas transações são totalmente baseadas em open source, garantindo transparência e segurança.
Ripple (XRP)
O Ripple Transaction Protocol (RTXP) — ou simplesmente Ripple — utiliza o ativo digital XRP para facilitar transações globais em tempo real.
Essa tecnologia é ideal para transferências internacionais de baixo custo e alta velocidade. O Ripple é um sistema de código aberto que utiliza um livro-razão público (ledger) para registrar todas as operações com segurança e eficiência.
Dogecoin (DOGE)
Criada em 2013, a Dogecoin é inspirada no sistema do Bitcoin, mas usa o algoritmo Scrypt como prova de trabalho.
Ao contrário de outras moedas, não há limite máximo de Dogecoins que podem ser emitidas, e o tempo de bloco é de apenas 60 segundos.
Devido ao seu baixo valor por unidade, a Dogecoin é ideal para microtransações rápidas e acessíveis.
Primecoin (XPM)
A Primecoin, criada por Sunny King, baseia-se em cadeias de números primos para validar transações.
Essa abordagem única torna o sistema mais seguro e fácil de minerar, além de apresentar um protocolo inovador para o universo cripto.
Peercoin (PPC)
A Peercoin (ou PPCoin) também foi criada por Sunny King e Scott Nadal. Ela foi a primeira criptomoeda a combinar os sistemas de prova de trabalho (PoW) e prova de participação (PoS).
No processo, usuários recebem recompensas conforme o algoritmo se torna mais complexo, promovendo um modelo sustentável e descentralizado.
Problemas Financeiros Resolvidos Pelas Criptomoedas
As criptomoedas estão ajudando a resolver desafios econômicos globais. Vamos entender alguns deles:
1. Inclusão dos Desbancarizados
Cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a contas bancárias. Em países onde o dinheiro físico é escasso, como no Quênia, surgiram soluções como o M-Pesa, um sistema de pagamentos via celular.
Mas as carteiras de criptomoedas oferecem uma alternativa ainda melhor: seguras, acessíveis e globais.
Com um smartphone de apenas US$ 50, qualquer pessoa pode enviar, receber e armazenar dinheiro digitalmente. Esse avanço já está transformando vidas em Nigéria, Venezuela, El Salvador e Índia.
2. Transferência Internacional de Fundos
O mercado de remessas deve atingir US$ 1 trilhão em breve — mas cerca de 20% desse valor é perdido em taxas e comissões.
O Bitcoin elimina intermediários como o Western Union, permitindo transações peer-to-peer rápidas, seguras e quase gratuitas.
Assim, o dinheiro chega diretamente a quem precisa, sem burocracia.
3. Inflação e Desvalorização Monetária
Em países como Argentina, Zimbábue e Venezuela, a inflação destrói o poder de compra.
Enquanto moedas tradicionais perdem valor, o Bitcoin é deflacionário, resistente à censura e fácil de armazenar.
Ele se tornou uma alternativa mais prática que o ouro, pois é simples de comprar, enviar e negociar.
4. Investimento
O Bitcoin cresce, em média, 200% ao ano, superando ouro, imóveis e ações.
É um ativo líquido, seguro e altamente valorizado, considerado o melhor investimento de longo prazo no mercado atual.
5. Trading e DeFi
As plataformas DeFi (Finanças Descentralizadas) permitem que traders realizem quase todas as funções de bancos e corretoras — de forma rápida, automática e sem intermediários.
É possível negociar Bitcoin, Ethereum e centenas de tokens, participar de pools de liquidez, yield farms, e comprar futuros e opções.
Embora arriscado, o trading descentralizado representa uma revolução para quem entende o mercado.
6. Tokenização de Ativos
A tokenização divide ativos caros — como imóveis, ouro ou carros — em pequenas frações digitais chamadas tokens.
Por exemplo, um imóvel de US$ 500 mil pode ser fracionado em 250 tokens de US$ 2.000 cada.
Os detentores desses tokens passam a ter uma parte do ativo, que pode gerar lucro, aluguel ou valorização.
Tudo é registrado de forma transparente na blockchain, eliminando fraudes e abrindo novas oportunidades de investimento.
7. Bitcoin Como Fonte de Energia
Apesar das críticas sobre seu consumo energético, o Bitcoin pode ajudar a reduzir o desperdício de energia.
Mineração em horários de baixa demanda aproveita energia excedente e pode até financiar energia renovável — já que solar, eólica e hidrelétrica são as fontes mais baratas usadas por mineradores.
Assim, o Bitcoin funciona como uma bateria digital global.
8. A Revolução do Blockchain
Criado por Satoshi Nakamoto, o Blockchain é um livro-razão público e imutável que registra todas as transações com transparência.
Além das criptomoedas, o blockchain é usado para:
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Armazenar registros médicos
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Garantir direitos autorais
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Proteger contra roubo de identidade
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Monitorar cadeias de suprimentos
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Criar sistemas de votação seguros
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Emitir NFTs para artistas
O blockchain remove intermediários desnecessários, criando sistemas seguros, eficientes e transparentes para todos.
9. Doações e Caridade com Transparência
ONGs enfrentam o desafio de garantir que doações cheguem aos destinatários corretos.
Com Bitcoin e blockchain, cada transação pode ser rastreada, evitando desvios e corrupção.
Assim, o dinheiro chega diretamente aos beneficiários reais, sem intermediários.
Essa tecnologia promete um futuro em que a caridade é transparente e eficiente, mudando vidas de forma genuína.